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Os almanaques atingiram o seu apogeu no século XIX e, em Portugal, a maior prova desse sucesso é o Almanaque de lembranças, que Alexandre Magno de Castilho fundou em 1850, numa altura em que os intelectuais portugueses já reconheciam os dois principais benefícios desse produto editorial: atingir um público mais vasto e contribuir para o desenvolvimento cultural do país.

A obra As senhoras do almanaque: catálogo da produção de autoria feminina resulta do levantamento e classificação de toda a produção feminina dos 82 anos de existência do Almanaque de lembranças, pouco depois chamado Almanaque de lembranças luso-brasileiro e mais tarde Novo almanaque de lembranças luso-brasileiro (1851-1932).

Este catálogo é editado pelo CLEPUL (Centro de Literaturas e Culturas Lusófonas e Europeias da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa) e pela Biblioteca Nacional de Portugal e inaugura a coleção Senhoras do Almanaque, que visa dar a conhecer os escritos de algumas colaboradoras daquele anuário, acompanhados por estudos críticos e biobibliográficos das mesmas.