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O corpo do romance Diagnóstico é constituído por setenta quadros, muitos dos quais poderão considerar-se autónomos em relação ao todo da trama, que se vão completando no relato da relação do personagem nuclear, anónimo como os demais, com um seu psicólogo e com aqueles que fazem uma terapia de grupo. As confissões dos intervenientes nas sessões, de par com as intimidades sub-reptícias que propiciam, evoluem para o desnudar da intimidade do próprio psicólogo. O dilema do personagem-motor reside no confronto de um quotidiano rotineiro com a paixão pelas evasões no seio da natureza e com a genuinidade das relações humanas que, por antítese, aí estabelece. As fragilidades, os equívocos, os preconceitos de uma sociedade que é a nossa, a ironia despertada por episódios comuns ou as nossas raízes são condimentos deste romance que procura escavar no mais recôndito da alma humana e fazer luz sobre esse mundo interior tão difícil de compreender nos seus labirintos, tão rico de imaginação.