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Recolher, tratar e difundir informação, contribuindo dessa forma para o desenvolvimento da investigação e do conhecimento, foi sempre a missão de organizações como as bibliotecas, os arquivos, os museus e outras entidades afins, independentemente da designação assumida ao longo do tempo. Se é verdade que os meios informáticos e as novas tecnologias vieram colocar novos desafios à comunidade alargada dos serviços de informação, é igualmente verdade que as suas funções essenciais se mantêm inalteráveis. Encontrando-nos num ponto de viragem devido ao advento e expansão das novas tecnologias da informação e da comunicação (TIC), não devemos por isso supor que tudo é agora diferente. Há, de facto, uma viragem, mas as preocupações fundamentais dos serviços de informação ­ selecção, processamento, difusão ­ mantêm-se. O impacto das TIC obriga a repensar métodos, processos, circuitos, o que sem dúvida implica a criação de novos modelos e a implementação de mudanças, por vezes profundas, a nível das organizações e das relações que estas estabelecem entre si, para que a sua missão possa concretizar-se de acordo com as novas exigências da sociedade.