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A Humanidade sempre sobreviveu à custa de várias formas de animalidade, de poder, de rivalidade e do instinto do mais forte, de domínio – desde aqueles que conquistaram o fogo adquiriram uma supremacia técnica e o instinto de autoconservação e a fome fizeram o resto. De facto, resultou e resulta na seleção natural dos mais «robustos» e mais inteligentes ou munidos de maior destreza. A vontade de competir para atingir a perfeição ou esperar recompensa mesmo não atingido o seu alvo não é muito diferente do pombo que é estimulado mesmo sem consumir permanece expectante estando a sua refeição normal retardada ele continua a realizar essa ação ao associar o comer com o reforço. O desejo ou o vício do fumar mesmo não sendo o cigarro um estimulante a partir de um certo momento de habituação extrema um efeito estimulante não existindo, o fumador continua a fumar esperando um reforço mesmo que este seja nulo, o alcoólico o álcool, o literato obcecado no seu paraíso intelectual mesmo que a certa altura perca a inspiração ou perca as faculdades continua a escrever porque embora o pensamento obsessivo fá-lo deambular sobre os mesmos pensamentos embora pense que são inovadores no seu escrito o seu pensamento cada vez mais periférico faz repetir-se a si mesmo over and over ou incessantemente.